sexta-feira, 28 de março de 2008

reduzindo a pó

Enquanto me reduzires a isso.
nada poderá ser feito, falado, sentido.
Vivido.

Sem se despedir repete tudo a todo instante.
Não te compreendo.
Penso no travesseiro, o que vale um dia a menos de brigas e desajustes.

Não se despedes, pois dizes que há muito, fiz minha escolha.

Escolhi sim, sem escolhas, sem caminho, sem enxergar.

Queria a tua simplicidade.
Hoje eu a tinha, amanhã, não respondo por mim.

Dormes, um sono tranquilo do fazer a coisa certa,
enquanto me reviro inteira e jogo fora os quilos de análise,
as horas de sofreguidão,
os tubos de dinheiro,
os litros de lágrimas
que derramei,
por não ser do jeito que tu amavas.

pó.


Mk

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