quarta-feira, 30 de abril de 2008

With out cigarretes
Smoking an old cigar

Want
Once
Every

To not make you cry
to not know
and why

Falling like flakes
Melting like ice

And the rain never stops
Maybe
She is waiting

The blocks in everywhere
Cruelly
It stands

A big hush
in the middle of stones

move
move the blocks

move it!

Echoing in my brain
my skin
my arms

Breaking up
The place that i want

All night

I have been there

The place called
nowhere!



Maíra Knox

terça-feira, 15 de abril de 2008

Vivendo em letras de musica

Algumas músicas teimam em me perseguir, faço novas set lists, pesquiso novos artistas, e quando acaba a música nova, surge uma das trevas que em um segundo apaga todas as outras.
Então você começa a repetir, repetir, repetir, digerindo todos os cheiros, todos os arrepios, todos os sorrisos ou todas as dores cravadas no peito até sangrar bastante.
Podiam inventar um serviço de entrega e devolução de músicas.
Simples assim.Postar com selo e carimbo e enviar via correio.
Quem sabe não possas utilizar em outras ocasiões, com outras pessoas, alguns anos mais tarde, ou simplesmente guardá-las em outro armário que não seja o meu!

Dá um passeio pelas outras também velhas,
Uma te traz o cheiro do café pela manhã, outras o cair da noite, tem a da dancinha esquisita, a de viagem quando a estrada é longa.
Há aquela que você sempre canta errado.No meu caso são várias e olha que tenho boa memória, acho que simplesmente canto errado pois do meu jeito me parece mais certo.
Algumas lembram a mãe, o pai, o cachorro, seus gatos, ou uma amiga que compartilhou descobertas ao som de Grease.
Madonna ?Aquela festa inesquecível e todas as roupas cafonas que você usava.
Eu tenho uma que imaginava minha mãe no baile, com vestidos rodados, mas na verdade ela dançava ao som de Janis Joplin, jeans, cabelos longos e pegava carona para tudo quanto é lugar.

E muitas sim te levam ao amor de alguém que passou.
Muitas não, infinitas!

Várias vezes esse amor nem sabe que aquela música é dele, mas é, e se tem uma coisa que não pode ser mexida, posta em outra gaveta, reinventada, customizada e posta no fogo, essa coisa é uma música.

Você conseguiria fazer uma lista a quem pertence aquela uma ou a outra segunda, terceira e a milésima música?

Aquela música que embalou o primeiro olhar, com o gosto de Demorei muito pra te encontrar.
Um Kiss still a kiss e Chet Baker estava num quarto de empregada.
Um Beijo de Cinema e voltinhas para tomar sorvete.
E mesmo diante de todos os ocorridos você continua na little prayer for you, para ela, ou para ele.
Claro que o Love is here to stay, Billie Holiday cantava, mas só não explicou onde é esse here, talvez os morangos tenham mofado mesmo e em strawberry fiels forever, nada é real!E se vê inteira entre A seta e o Alvo.
Nada! E tudo em música
Quem já teve um desengano num Sonho de um Carnaval?
Ou estava Too drunk to fuck e por isso o amor não ficou esperando a cura da sua ressaca.
E enquanto continuas cantando I m not crying for you, fica bem claro que ainda choras.
Caminha pela feira de Ipanema e avista Um girassol da cor do seu cabelo e aquela sensação de mais um dia volta, mas a tempo, você lembra que não quer ser a Queen for a day.
Uma Bad Bad Girl está sempre num mundo mau, e nada poderás fazer, pois o que é ruim para você pode ser somente um Free bird querendo voar, e quando não enxergas isso os braços de Só em teus braços, somem em outros.
Ou simplesmente caminhas sozinho.

Quando você menos espera só lhe resta dizer Goodbye Stranger e seguir adiante.
Wild is the wind e o meu pensamento também.

Resolvi ouvir músicas novas com todo o respeito `as antigas.

MK
Remembering someone

Free Bird_Lynyrd Skynyrd

(allen collins - ronnie vanzant)

If I leave here tomorrow
Would you still remember me?
For I must be travelling on, now,
cause theres too many places I ve got to see.
But, if I stayed here with you, girl,
Things just couldnt be the same.
cause I m as free as a bird now,
And this bird you can not change.
Lord knows, I cant change.

Bye, bye, its been a sweet love.
Though this feeling I cant change.
But please dont take it badly,
cause lord knows I m to blame.
But, if I stayed here with you girl,
Things just couldnt be the same.
Cause I m as free as a bird now,
And this bird you ll never change.
And this bird you can not change.
Lord knows, I cant change.
Lord help me, I cant change.

domingo, 13 de abril de 2008

Vá ao teatro e me chame!

Os planos de isolamento do weekend foram por água abaixo.
Estava parecendo tão sedutor.
Já estava me imaginando, sozinha, de frente para o mar, escrevendo e tomando vinho.
O único objetivo era sair de uma atmosfera cíclica de vários acontecimentos.
Desligando o celular, sem telefone fixo, sem vizinhos, sem barulho de carro.
O fim de semana inteiro só para mim!
Sem bom dia, sem estou indo pra tal lugar, sem quando acabar o filme te ligo, ou, estou no teatro não posso atender.
Sexta-feira, e estava radiante com a possibilidade de me ter só pra mim por algumas horas.
Em um flash de cinco minutos, o trânsito dentro de um táxi, e não um trem rumo a uma cidade pequena.

Meus planos ficaram naquele sinal.
O apartamento não me parecia a casa com fogão a lenha, não dava para um campo de vegetação acinzentada em contraste com o mar azul. A casa do isolamento tinha cheiro de alfazema, de lenha queimando, tinha o apito da chaleira, janelas brancas e cortinas de voil, tapetes quentinhos sobre o piso de tábua corrida, uma porta na cozinha com a tela para os mosquitos, muitas xícaras coloridas, uma escadaria com degraus de madeira clara.
Não poderia sair numa picape velha e dirigir alguns quilômetros numa estrada escura para comprar um vinho chileno ou californiano.No máximo meu trajeto seria até o Zona Sul mais próximo, onde casais estariam fazendo compras de madrugada. O bar não teria Jukebox e muito menos mesinhas com velas e cinzeiros a postos.Todos os lugares estariam muito iluminados e cheios de pessoas siliconadas, em calças apertadas, salto- alto e copos de chopp na mão.
A visão da varanda não era um enorme paredão rochoso ao longe e sim dois prédios que teimavam em tentar estrangular minhas palavras, ao invés de olhar para o sol nascendo, seria acordada ao som de crianças e suas babás no play.
Na mesa faltava a máquina de escrever e pilhas de papel, apenas um lap top branco.
Cansei de escrever cartas em outra língua. O romance ficou suspenso por falta de palavras.
A tal casa permaneceu.A cada dia surge um objeto novo na sala de estar, uma poltrona de couro velha, um abajour com fiozinho de bolinhas de metal, e um porta retrato sobre a lareira.
As paredes ganharam um papel novo, azul clarinho em riscas. Potinhos de porcelana no banheiro e mais um livro na estante da sala.O cabideiro não tem nenhum casaco além do meu.O trem continua passando apenas uma vez a cada sete dias, num trilho meio enferrujado.Do interior do vagão, a travessa de chá a frente da janela, continuo avistando a planície dos campos, agora bem verdes, entre o bule e a xícara uma árvove reduzida pela distância. São cinco estações da metrópole até lá.
As horas passam sem perceber o fluxo sanguíneo, sem sentir a respiração.Passam, sem que se tente intervir ou controlar.
Já estive nesse trem, sozinha, e acompanhada de muitos sorrisos e afagos no cabelo.Uma linda menina falava durante todo o trajeto, sua mãe tentava conter suas falas, seus gestos, mas ela a ignorava com tamanha doçura que a mãe não tinha outra saída, dar se por vencida.
No céu apenas nuvens clarinhas e um sol gostoso aquecendo as faces.
Uma estação pequena e poucas pessoas.
Caminhando no ritmo confortável com destino definido e a ansiedade branda do aconchego.
É lá o meu refúgio.Não restam mais dúvidas.
Enquanto o trem não passa, resolvi continuar na saga da fala.

Não desliguei meu telefone.
Voltei ao Rio de Janeiro em pleno abril, quando o calor não maltrata, o sol se põe mais cedo e meu corpo não nega a vontade.

Na praia o barraqueiro e toda a sua família e a minha carteirinha de sócia, mesmo sendo branquela e indo a praia umas 4 vezes ao ano.Todas as mordomias, cadeiras, barraca de sol, filtro solar e guarda-volumes para a caminhada pela areia.
No restaurante todos os atendentes chamados pelos nomes, a comidinha gostosa, um ser que não conheço e a companhia de uma amiga.Brigadeiro de sobremesa e uma voltinha.
No balcão do bar onde compro meu maço de marlboro, o senhor antipático estava muito falante e sorridente.
Nem entendi muito bem, mas achei graça.
Sempre atrasada e correndo, teatro que engasga a fala e chora a dor da morte que nunca se cala.
A morte de uma criança, seja ela quem for, é a morte do mundo.
Um casal elegante, sim, ainda existem casais elegantes, não me perguntem o segredo ou o motivo, talvez civilidade estrangeira, ou apenas amor verdadeiro. Duas mulheres amigas.Guaraná com laranja ao invés do chá verde.
Pijamas no lugar da noite dos bares cheios de gente.



MK


Ficou muito difícil o isolamento com tanta peça pra assistir e tanta risada para dar!

Dicas do fim de semana que acabou:

Fitz Jam no Sesc, restaurante Donanna, show do Jonas Sá, Diagonal, caminhada geriátrica na praia, Dragão também no Sesc, mais pão de alho no Donanna. E a melhor de todas, selecionar muito bem a companhia!

Vá ao teatro e me chame!

terça-feira, 8 de abril de 2008

Para pensar por hoje

Quantos personagens criamos para brincar com o tédio?

Já perdi minhas contas.
Ou melhor, nem quero mais contar,
limitar, lembrar.
Apenas deixá-los todos soltos brincando pelas ruas.

Os personagens não são do criador, passam a ter vida própria a todo instante.
Hoje mesmo inventei uns três!
Ainda não sei como eles vão caminhar.
Só sei que não me pertencem.



Nessa linha de raciocínio em temáticas diferentes:

"O nosso amor a gente inventa, pra se distrair,e quando acaba a gente pensa, que ele nunca existiu!"
Cazuza.

MK

pausa no durante

Maratona de cinema feita!

My blueberry nights

Irina Palm

Once!

Borbulhando tudo aqui dentro.

Deixo o vício blog por uns dias e volto ao meu Romance_pseudo Roteiro!
Senão não tem surpresa, não tem meio nem fim.

E ainda dizem que os fins justificam os meios.
Queria somente os meios,
sempre gostoso o durante.

O antes do começo te dá aflição,
nauseas, ansiedade.

O depois do fim,
um gosto de saudade.
E a vontade em escolher outros finais

Ah o durante...

MK

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Inquietamente
felizmente
felinamente

tudo na mente
intensamente!

E você é que mente!

Graças a Deus!

MK

Sem assunto e com todos!

Depois de falar com uns 20 porteiros,
a busca por hoje foi encerrada.

A classe vai entrar para minha lista de incógnitas.

O livro do Cuenca pode ser lido em seis intervalos de 20 minutos,
o trecho Leblon-Copacabana é ótimo.
Classificados na Web dão nos nervos.
Baixo Gávea em dias chuvosos é bem melhor.
Sexta-feira é chuva mesmo quando está sol!

Um americano nunca vai entender a língua portuguesa,
assim como um porteiro vindo do norte e nordeste está em outro ritmo
que definitivamente não é o meu!

A volta de contato com amigos dá arrepio no pulmão
e colore as paredes mofadas.

Teatro faz bem a alma,
assim como churros de doce de leite.
Meia hora sem fazer nada recarrega as energias.


Classificados em geral dão nos nervos.

P.S. A boa do fim de semana, a boa do fim de vida, é ser feliz sendo triste!
Sempre!

MK