segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

buraco

vai me dizer se rolou ou não??????
advinha...
siiiiiimmmmmmm
......
arf fala logo
o q? humhum
boa!
figura repetida...
ah entendi
mas fazia uns 10 anos
ê beleza rs
pois é..
e o que mais? foi bom?
foi uma delicia...rs
belo presente de aniversário
porque sexo é tão gostoso...foi mesmo
pq sexo é a dois
jogar buraco é a dois...
e é bom para caralho tb
nao é...
é
jura q ce vai comparar buraco com sexo?
claro que não
hum...
dependendo de com quem vc joga baralho pode ser mais excitante
rs
e no sexo não existem cartas mas uma mesa pode ser uma boa

Catatônico querer

Não quero propagandas que não foram ao ar
Sempre gostei de palavras esdrúxulas

Hoje pensei em ventos catatônicos
imaginei todos eles vindo de lados opostos
sem se tocar
sem se mover
assim bem devagar

Olhos catatônicos
esses que fazes ao me olhar de lado
incontroláveis mas sem objetos
os meus focados
descontrolados e para todos os lados
igualmente catastróficos

Recebo ofertas que entorpecem os ouvidos
cai aqui
só que eu não caio, despenco e nesse caso
um indivíduo catatônico pode ser

Então penso que estupor também me parece uma palavra positiva
e igualmente estranha
e deliciosa
e molhada
why not estupor de ventos e olhos catatônicos e bocas catastróficas?

os ventos paralisados
olhos em seus pensamentos
bocas más inquietas
o sexo em pêlos do querer

Porque eu me ofereço inteira
e não quero propagandas vazias

MK

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Posts no Facebook têm limite de caracteres e eu não sabia

Estava na minha caixa de e-mail hoje:
No que você está pensando agora?

http://euescrevoeteconto.blogspot.com/2009/09/every-move-i-make.html

fico devendo direitos autorais.

beijos!

Julia

Fui lá, abri o blog que tento ao máximo acompanhar, e vi mais uma vez que a Cabelo, sim, fiquem todos sabendo, a Cabelo, Hair e Julieta, continua com suas garras afiadíssimas, coloca no papel, ops, no teclado, edita, posta, dá o maior trabalho. Sei, pois já tentei ter um blog e sempre, acabo voltando aos meus intermináveis cadernos, folhas soltas e guardanapos de bar.

Então, depois de ler o texto que transcrevo aqui em baixo, afinal, não é todo mundo que vai clicar em cima do link que coloquei...Talvez ele nem esteja funcionando. Ficou algum sublinhado nele? Está azul? Na dúvida se seria trabalhoso demais copiar e colar o endereço, colei o texto todo.
Pois eu, nada sei de Farmville, acabo sucumbido a quiz, prefiro responder mensagens inbox e esse facebook não funciona mais como antigamente.
Tomei coragem, ignorei sem saber se a pessoa ignorada saberia, sim ignorei alguns pedidos de amizade no facebook, retirei algumas pessoas, nada muito pessoal, mas digamos que decidi deixar mais íntimo esse espaço.
E começo a campanha: antes de tentar adicionar no Facebook, ao menos uma vodka tens que tomar em minha companhia, algum sorriso verdadeiramente cumplice devemos ter trocado.

Espero que o texto da Julieta, tenha causado algo em vocês, como aconteceu comigo, pois assim que postar essa mensagem, voltarei para os meus cadernos, meus cigarros e anotações nas orelhas de livro. Boa semana aos sobreviventes da minha lista de amigos no facebook!


"DOMINGO, SETEMBRO 20, 2009 Every move I make

Eu sei que no teste dos bares cariocas o Gustavo é o Bar da Praia e o Rodrigo é o Palaphitas (pfff), sei que a Fabi quer que o Acaso chegue e que o Kiko achou o jogo de futebol feio a ponto de não querer mais assistir nenhum. Sei que a Julia precisa de ajuda no jogo de Máfia Wars (que até hoje eu não sei o que é), que o Thiago adora a Elizeth Cardoso e que a Ritinha lembrou-se, graças a mim, que "D’yer Maker" é daquelas músicas que dá pra deixar no repeat por cinco horas seguidas. A Biba, se fosse uma roupa, seria um conjunto de lingerie (sexy), a Raphaela ta vendo o Emmy, a Biela sobreviveu ao casamento de ontem, a Cissa ta muito feliz porque casou (ontem), o Léo é flamengo até em Lima e o Bruno ta indeciso entre 3 nomes de mulheres que não fazem sentido nenhum pra mim. A Guga renovou sua playlist no ipod, a Carla convidaria o Kenny (entre outras pessoas mortas) para jantar, a Isa ta felizzzzzz com muitos “z”, a Adriana perdeu seu nextel. Eu sei que a Olivia também seria o Palaphitas na categoria barzinho do Rio (desde quando o Palaphitas é “barzinho”?), a Eduarda seria o Jobi (assim como eu), a Betinha se perdeu na liquidação da Livraria da Vila e a Bruna ta indo pra Hanói (com outra Julia). Eu sei que a Anita não está entendendo nada da venda de ingressos pro festival do Rio, a Bebel não conseguiu falar com a Inês no dia do aniversário dela (nem eu, até porque eu nem sabia), sei que o Eduardo queria saber desenhar, que a Maíra quer falar com a Luiza e que a Joana ama Bloody Mary. Eu sei que a Carol achou o final de "True Blood" bem ruinzinho. Eu sei que a Madá está pensando na vida, que o Chico quer ser Zé Mayer em uma outra e que o Augusto também pensa que o tempo é mercúrio cromo. Sei que o Manel gosta de “Kind of Blue” e que o Felipe deseja que durmamos bem ao som de John Coltrane (dormiremos). Eu sei que a Jô desejou Feliz Ano Novo pra Nicola, que o Antonio sempre lê "The Economist", que a Camila não sabe se compra um carro ou aluga uma casa. Eu sei que a Mel precisa de uma mandinga branca, que a Ana tá com saudades da Maína e que a Evelyn não tem forças nem para abrir uma Vogue. Toda essa gente deve saber que andei comprando pneus, que planejei explodir o Detran, que tenho frequentado festas onde tocam Ace of base e C&C Music Factory (e que portanto planejo comprar um par de tênis Keds e usar perfume CK One). Toda essa gente deve saber que de fato escuto no repeat há cinco horas seguidas aquela música porque seriously: you don't have to go e a gente pode beber duas jarras de sangria por noite até pra sempre. Toda essa gente sabe que quero ficar sedada, que estou cabeloless e que voto Paulo Borges para presidente. Toda essa gente sabe que eu perdi a lixeira do meu desktop já faz quase um mês e ninguém consegue resolver esse mistério. E eu pensando que o Facebook seria útil nesses momentos de aperto..."POSTED BY JULIETA AT 11:21 PM 4 COMMENTS


p.s. O facebook não aceitou um post tão grande, vai ver que o assunto era bobo demais, então vim parar aqui novamente.

domingo, 21 de junho de 2009

pensando nisso me enviaram...

Elegância
(Toulouse Lautrec)

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento. É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas.
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante você fazer algo por alguém, e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer...
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
É elegante o silêncio, diante de uma rejeição....
Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto. Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.
É elegante a gentileza... atitudes gentis falam mais que mil imagens...
Abrir a porta para alguém...é muito elegante
Dar o lugar para alguém sentar...é muito elegante
Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma...
Oferecer ajuda...é muito elegante
Olhar nos olhos ao conversar, é essencialmente elegante.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo. A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que "com amigo não tem que ter estas frescuras". Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutá-la.
Educação enferruja por falta de uso.
E, detalhe: não é frescura.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Esse caso têm me consumido

Essa coisa meio antiga num pedaço de papel,
tem uns meses...

faço de tudo para não sair de casa,
as contas vencidas me encaram de boca aberta

esse caso tem me consumido

na janela do ônibus
os carros passam, todos parados
Tanta gente maluca por vaidade
tanto maluco tentando esconder a idade
tanta gente maluca por dinheiro
e eu pensando em ir ao puteiro
Tanta gente maluca por juventude
outra gente na inquietude de fazê-la desaparecer

Os carros param, todos andando
tanta gente lúcida se embriagando
se esquecendo das fantasias
alimentando agonias
de se comprometer com a verdade

Tanta gente careta criando personagens
quase sempre malucos por poder
quase nunca satisfeitos ao adormecer

tanta gente esquecendo de ser a gente

só porque esse caso tem me consumido
de boca aberta e portas semi cerradas
no meio de toda essa gente


MK
Quero cuidar mais de mim
e me perco no caminho
de uma vontade de cuidar de ti

nesse meio tempo parado
fujo pra outros papéis
rasgo documentos alheios, reviro caixas
e nada é feito

fica tudo bagunçado assim

me assusta e atormenta
pisar nessa ponte
sem saber se quero atravessar
cair, levantar

Quero a leveza
mas se é pedra dura e incerteza
o que está por vir

topo encarar de frente
mesmo que seja somente
por um prazer insano, inconsequente
de te ver sorrir

MK

quarta-feira, 4 de março de 2009

sem tradução

O fato é que você disse que não sabia o lugar reservado ao desejo
e nessa permaneci,
a espera, sabendo que não voltarias,
não respiravas mais o mesmo ar.

Quisera eu carregar alguma culpa,
mas não, vivi!

Não me vingo,
quero a sua paz.

Esse preço é para poucos,
está estampado em cada sorriso
em cada gozo verdadeiro

Dormir sem inimigos
o preço da paz
de um enterro longo
puxando o ar a cada palavra

E sempre o tempo
a nos rodear

A cada dia tens menos tempo
sei que percebes,
e nada fazes

Por mim tudo bem,
continuo fazendo.
Continuo gozando.


MK

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Macumba existe?

Pensei em ligar, acordei de um pesadelo bem estranho, são cinco e meia da manhã e a cama está com cacos de vidro, e meus instintos já me disseram do que se trata, quase como uma certeza de bicho quando é encurralado, então ele pensa, sim eles pensam, de um modo ou de outro eles percebem que ou serão devorados, ou terão que atacar.
Pois bem, deve ser essa a sensação que está tentando sufocar o peito, e a macumba que alguém fez vai ter que sair de casa agora.Me lembro da última macumba que fizeram para mim, a volta foi tão forte que passei a acreditar mais em alguma possibilidade de existir.Naquela ocasião um de meus olhos ficaram em sangue, derramado entre os espaços da córnea, e assim permaceceu, cortado, durante uma semana.Mas a macumba voltou, sem que eu fizesse nada, e o marido de quem encomendou, ou executou a macumba, até hoje não sei ao certo se isso faz alguma diferença, teve um infarte, e lá estava eu arranjando os melhores médicos para o homem.

Hoje a coisa foi diferente, dormia, após assistir Godspell e em sonhos me teletransportei para dentro do musical.

O nosso grupo viajava em um ônibus grande.Era uma diversidade de pessoas, de todas as idades, o mais novo, Demétrio, sentado ao lado do pai. Aos três anos, tinha voz grave e impostada demais para a idade.Estavámos a caminho de um show, na TV passavam as músicas do conjunto, era uma espécie de concurso, ou processo seletivo para fazer parte desse musical.
Estávamos todos no ônibus, crianças, velhos, jovens cantores e Vivian, ao meu lado, uma menina de nove anos, esperta, morena em longos cabelos negros, de um olhar denso que escondia uma tristeza funda e uma dúvida, dessas que vivem numa variante X ou Y.
Paramos no local do show, todos desceram lentamente, e aos poucos a quantidade de pessoas aumentava, o que trazia um estado constante de atenção para não perder as crianças em meio a multidão.

Sabia que estavas lá, talvez fosse o acerto de contas, se é que poderia chamar assim o encontro de duas almas que mal se conhecem e se amam tanto.
- Nossa você era mais alto antes de eu desmistificar o que aconteceu com a gente.
Ela é covarde dizia uma das moçoilas que dançavam ao seu lado.
E ele, ele estava lindo, assim que começaram a cantar e apresentar a canção, somente a voz e a percurssão de seu corpo entravam pelos meus ouvidos. O Frances estava falando português e ao fim do show, beijo sua mão, te dizendo nos nossos corações para ir embora, em paz, sem maiores cortes e cicatrizes, sem uma palavra, apenas o doce olhar de quem ama demasiadamente o seu espírito.Foi um beijo nas mãos, nos olhos, ficamos testa com testa nos perdoando e aceitando que tínhamos que seguir em frente.Funcionou, fui embora, subi as ladeiras de terra molhada, sem olhar para tras. Sete passos a frente, relaxados, e o caminhar se trornou estranho, tão inexplicável quanto os cacos de vidro que estão em minha cama agora, na palma das minhas mãos. Desci correndo para ver se te avistava, o resto do ambiente estava escuro e as pessoas que estavam no ônibus, caminhavam todas em direção contrária, subindo, procurando suas novas casas ou então voltando para o ônibus querendo seguir em frente, rumo ao sonho do musical.

Mas eu voltei, você estava entre um pequeno espaço de meus olhos, e como eu tinha um jeito de disfarçar que te via, fiz isso, te vi, pela última vez do jeito que criei, naquele momento quis ir embora, virei e ouvi seus olhos nas minhas costas, os mesmos olhos doces e diretos e o alvoroço das moçoilas não entendendo como eu poderia dar as costas.
Passamos mais uma noite juntos, falávamos a mesma língua e esse não seria mais um empecilho, não estaríamos mais perdidos nas nossas traduções.
E o sonho sem avisar mudou de cena, entrou alguém em minha casa para me acordar.

O homem que mandaram me visitar, entrou, abriu a geladeira, eu e o cão escutamos peguei um canudo de papel longo e permaneci a espera dele, claro que a minha arma não era das mais violentas, mas foi a única coisa que consegui alcançar, algo em meu corpo estava paralizado, ouvia os passos firmes de uma bota pelo corredor, eu na minha fala enrolada, como de um surdo mudo tentando falar e salvar-se, pois bem, não consegui ver a face dele, entrou no banheiro, lavava algo na pia, talvez uma faca, eu me revirei na cama e não consegui atacá-lo antes que ele o fizesse.Estava travada, agoniada, ele aparecia e se escondia, gordo, branco de cabeça raspada, bem barrigudo, parecia um daqueles chauvinistas vindo não sei de onde.
Pânico total e eu sem conseguir me mexer.

Acordei assustada, o homem ainda está aqui.Mando ir embora, ele se esconde, mas sinto a sua respiração.
Os pequeninos cacos de vidro se desfazem ao tocá-los, o ar rarefeito, a lingua dormente denucia
como a batalha foi verdadeira.Acendo um defumador e aceito que só dormirei quando ele for embora.
Não há espaço para violência mais em meus sonhos, deixem as crianças correndo pelas ladeiras e cantando nas estradas dentro de um ônibus, com seus fones de ouvido, vestidos coloridos e algumas caras emburradas diante da felicidade delas.

O sono veio novamente e se o duelo for travado, não vou fugir!

MK

domingo, 8 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

"Quando percebi, estava olhando para as pessoas como se soubesse alguma coisa delas que nem elas mesmas sabiam. Ou então como se as transpassasse. Eram bichos brancos e sujos. Quando as transpassava, via o que tinha sido antes delas, e o que tinha sido antes delas era uma coisa sem cor nem forma, eu podia deixar meus olhos descansarem lá porque eles não se preocupavam em dar nome ou cor ou jeito a nenhuma coisa, era um branco liso e calmo. Mas esse branco liso e calmo me assustava e, quando tentava voltar atrás, começava a ver nas pessoas o que elas não sabiam de si mesmas, e isso era ainda mais terrível. O que elas não sabiam de si era tão assustador que me sentia como se tivesse violado uma sepultura fechada havia vários séculos. A maldição cairia sobre mim: ninguém me perdoaria jamais se soubesse que eu ousara.Ninguém me perdoaria se soubesse que eu sei o que elas são, o que elas eram."

Caio Fernando Abreu
Sim era 2009.Identidade ainda um dos tópicos dos jornais de domingo, então veio o famoso papo do novo, novamente e e sempre com a mesma descrença.
Qual seu filósofo preferido?
Epicuro, ele respondeu.
III ou IV a.c.Seria isso?Desconheço!
Ah! Ok, Platão pode ser o segundo.

Como valor estético não sei se funciona.Autenticidade entra para a infinita lista das coisas que não posso catar, tocar e definir.
Se era novo ou não, se perdeu na corrente árdua e áspera do tempo em que era possível filosofar.
Vi as orelhas da morte e as orelhas de livro acabam dando nervos.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Des-condição--------Fiquei

Trago boas novas
estava condicionado,
seria assim
Eu iria por mim mesma e não mais por você,
então descondicionei.
Fixei outros olhares, iria por você esquecendo de mim mesma.
Somente por ti e me vi condicionada mais uma vez
a mim
e nada entendi
Estava disposta a ir por mim.

Perdi o trem que levava a você
e me tirava de mim

-----------------------------------------------------


Então fiquei nos sete passos que não demos
Andei pelos trilhos e parei
na estação anterior
A porta de entrada
não sei o que me espera
no caso de faltar luz,
pulo a janela lateral ou a do banheiro
Talvez volte por outra estrada
parada, na estação que tu deverias estar
sinto muito
não está
mais nas tuas mãos,
talvez, nunca estivesse
iria apenas, simples
resgatar.

Fiquei

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Prateleiras

Aos teus pés
em país estrangeiro.
Uma grande risada
Mais uma vez estavas certa, ela é boa,
muito boa, escreve.
Fecho para não me contaminar

A boca escancarada do dia resolveu se mudar
e fixar residência na estante da sala.
Em cada prateleira
uma boca, vezes olhos, vezes boca,
nunca nariz

O olfato se mudou de apartamento
ou quem sabe se perdeu num aeroporto

O fato é que ela era boa
Fechei dentro e debaixo do vestido,
entre um seio e outro
pulsava
entre as dormencias esmagadas da rotina

As bocas sumiram.
Filho da mãe!
Além do cheiro,
roubastes uma parte do meu ouvido.

Suspiros desastres

Tento, concentro
algo raivoso ao ler outras
palavras
Denunciam tudo que não tens
do estágio profundo da loucura

Leio o seu descaso no acaso bem casado
de outro alguém,
profundo,
aberto,
amigável,
amoroso

E volto a calmaria
Na reviravolta final
estatelado entre os espaços

Ela segura pelas mangas da camisa
e pede que ele se entregue

Revolte-se,amigável,
definitivamente você não foi

Solta os braços
deixa que vá
e volta
correndo,
sem cacos de vidros nos pés
e um pouco de suspiros desastres
no rombo lá do asfalto rachado de frio
que o beijo deixou

ou a falta de

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Your words in my eyes

How far is it?
Revolving, the sound
in your words

Absence!
I have to get across
I am dragging my body

Quietly through destinations.
I am a letter
I fly to a mouth, your two eyes.
Will there be fire?

Pumped ahead by brains
The next hour

That is enough babble from me
one day, you had that
enormous,
like a criminal
nothing enough
our crime should be
at
in always
never
some steps
I shut my eyes and all the words are dragging
I cannot undo myself
it is screaming
today is gonna be
Insane for the destination

crashes
Whose mouth I want to fill it with and
through my villages
you can also leave when ever you want
maybe hopefully at some point
Two of us in a place
hiking along the train tracks
Steaming

Running from the pieces of glas
no one
planning the time like a refresh
sophisticated
Should be grand and full of
raw passion
not putting
for a couple days
We dreamed their agreements

depthful,
closing eyes and breathing your smell
the time is trying to stole
transfering my self into Aguas claras,
a huge lake, just one light
the place in which images
near by
we arranged with the lady the night before
the way you said
The face at the end
satisfied
arrows

back to words
in the jail of letters
without smell
an arbitrary blackness into and after
not always
the sun came up
it was a magical walk
3 hours without speaking
I shut my eyes and we were
face to face,
shapes of our silence
she turns her face away
Your eye is the one
the first
absolutely

the doors opened
the new structures just
children would be walkiing their cows and black sheep..having fun
in the clearing air.
sweet lemon
then spent hours in
We never woke up

backing to my house
tired i sleept withou shower
without pain
without wrinkle
just tired
i realised how boring is
make the bed alone
It is hot here and i m cold
sickness
of smoking cigarettes
of the distance, our choices
this dark
they made it
waiting to solve
obstacles

next walk with you
At least when spring comes...

the fire's between us