quarta-feira, 24 de março de 2010

Que algumas várias coisas desconexas passam pela minha mente ao longo do dia, isso não é novidade, nem para mim, nem para os mais próximos, o que andou me assustando são algumas atitudes estranhas...

Tento abrir a jarra que guardo água na geladeira, suada ela não roda a rosca e me pego falando com a jarra e sua tampa plástica vermelha - ok, você não vai abrir, desisto, vou tomar água do galão no gargalo, problema seu!
A embalagem da Pringles foi reduzida de 170g para 140g e mesmo assim fechei a lata e ela ficou por aqui uns dois dias em cima da pia. Abro, como mais umas 5 batatas e fecho.O bigodudo da embalagem diz - Enquanto vc não me devorar, não vou parar de te olhar.

Levo ele pra cozinha e deixo de castigo no escuro.

Alguns objetos criaram olhos e bocas e não sei se isso faz parte desse exercício do desapego, mas de uns tempos pra cá começaram a falar comigo. O problema é que parecem não ter ouvidos.
Estou num lugar onde os abat-jours são cor de carne e os lençois azuis, mas as cortinas não são de seda e sim de um plástico forte que denominam blackout.
As pessoas ligam e perguntam- Te acordei?
E respondo- Não apenas estou sem falar há algum tempo.A voz falha mesmo.
Aí me lembro da estória da menina que se apaixonou perdidamente pelo ventilador e vejo que isso é possível.

Será que o índice de suicídio na Barra é mais alto que nos outros lugares do Rio? Contando os dias para poder cancelar o meu por mais alguns meses!
E deixar os objetos me ouvirem mais!