sábado, 8 de março de 2008

Eram quatro da manhã, a cabeça não desligava.
Imagens vazias, emboladas em pessoas, em fatos do passado e
do presente que em um segundo já faz parte do passado.
Na Tv, último recursso para a insonia, sessão do corujão,
frases soltas e olhares que socam a boca do estomago,
esvaziam a alma cansada.
Enrijece as bochechas, comprime, sem perceber, o maxilar.
Meus dentes rangem.
A arcada superior pressiona a inferior e
anunciam: Hoje não dormirás,
não sonharás, talvez não acordes jamais.

O que foi feito some,
e surge nas papilas o gosto
do que não foi feito.
E o gosto amargo do que foi feito,
e o gosto incógnita de tudo que definitivamente não foi feito.

Uma alucinação.
Voce não é real.
Como te criei é quando vives
em mim, só em mim.

Alucinações,
podem tentar me tentar.
Há muito resolvi dormir de boca aberta.

MK

"somente nas equações do amor que alguma lógica pode ser encontrada"

Um comentário:

Unknown disse...

cê tá cada vez melhor.