segunda-feira, 17 de novembro de 2008

VESTINDO A PERSONA

Num dia de tempestade
uma estrela no céu se apagou,
tentou guiar o caminho

Ela que desejava a calmaria,
seguiu dias e dias a vagar pelos ruas e esquinas
Os instintos falharam,um rastro a seguir
o nariz e os ouvidos permaneceram calados

Inquieta por se fazer entender
ela comunica e fala o que veste
um dia é fogo, no outro ar,
e assim vão passando as horas.

Ela vestiu estar perdida,
brincou, se esbaldou da confusão
Ah! E como!
Confundiu os amigos, os amantes
e os errantes.

Ela vestiu estar calma
a bermuda surrada e larga,
no cabelo desgrenhado,
Ela se cansou e
cometeu suicídio novamente

Um tempo passou
um alguém parecido apareceu
Em escritos e melodias
e se vestiu de outra
que ainda não se sabe muito bem

As roupas ainda estão na alfaiataria

MK

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