quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Cessar

Não enterres a força um ser vivo

Sorri, sem entender quem era você na foto,
me esqueci de olhar por alguns meses.
Me surpreendi com o que vi

seus dentes não são perfeitos,
seu olhar parece penetrante, sim,
sedutor
te criei mais perfeito do que você jamais poderia ser

Até o calor de um corpo frio
te dei
enquanto estavas atrás,
e olhavas nos olhos.
Denunciou.

A textura da parede, agora, quer competir com suas mãos,
travam uma batalha mirada, lado a lado, os inimigos
as pontas dos dedos escondidas
fogem da mulher sem pés ao seu lado.

Me surpreendi com o que vi.
marquei seu nascimento em meu corpo
o enterro está pendente
por falta de subsídios
a tinta não fora suficiente

e entrei
Costurando,
na agulha pouca linha, fina, frágil
me servi de grampos

Os fios de cabelo arrancados, escondidos
tem a mesma textura grossa,
sempre uma grande surpresa,
estavam protegidos na pele, deveriam ser suaves
de toque macio,
mais macios que as mãos que te dei

te olho e por culpa minha, tua ou do tempo
não sei o que vejo.

MK

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