quarta-feira, 11 de agosto de 2010
quarta-feira, 24 de março de 2010
Que algumas várias coisas desconexas passam pela minha mente ao longo do dia, isso não é novidade, nem para mim, nem para os mais próximos, o que andou me assustando são algumas atitudes estranhas...
Tento abrir a jarra que guardo água na geladeira, suada ela não roda a rosca e me pego falando com a jarra e sua tampa plástica vermelha - ok, você não vai abrir, desisto, vou tomar água do galão no gargalo, problema seu!
A embalagem da Pringles foi reduzida de 170g para 140g e mesmo assim fechei a lata e ela ficou por aqui uns dois dias em cima da pia. Abro, como mais umas 5 batatas e fecho.O bigodudo da embalagem diz - Enquanto vc não me devorar, não vou parar de te olhar.
Levo ele pra cozinha e deixo de castigo no escuro.
Alguns objetos criaram olhos e bocas e não sei se isso faz parte desse exercício do desapego, mas de uns tempos pra cá começaram a falar comigo. O problema é que parecem não ter ouvidos.
Estou num lugar onde os abat-jours são cor de carne e os lençois azuis, mas as cortinas não são de seda e sim de um plástico forte que denominam blackout.
As pessoas ligam e perguntam- Te acordei?
E respondo- Não apenas estou sem falar há algum tempo.A voz falha mesmo.
Aí me lembro da estória da menina que se apaixonou perdidamente pelo ventilador e vejo que isso é possível.
Será que o índice de suicídio na Barra é mais alto que nos outros lugares do Rio? Contando os dias para poder cancelar o meu por mais alguns meses!
E deixar os objetos me ouvirem mais!
Tento abrir a jarra que guardo água na geladeira, suada ela não roda a rosca e me pego falando com a jarra e sua tampa plástica vermelha - ok, você não vai abrir, desisto, vou tomar água do galão no gargalo, problema seu!
A embalagem da Pringles foi reduzida de 170g para 140g e mesmo assim fechei a lata e ela ficou por aqui uns dois dias em cima da pia. Abro, como mais umas 5 batatas e fecho.O bigodudo da embalagem diz - Enquanto vc não me devorar, não vou parar de te olhar.
Levo ele pra cozinha e deixo de castigo no escuro.
Alguns objetos criaram olhos e bocas e não sei se isso faz parte desse exercício do desapego, mas de uns tempos pra cá começaram a falar comigo. O problema é que parecem não ter ouvidos.
Estou num lugar onde os abat-jours são cor de carne e os lençois azuis, mas as cortinas não são de seda e sim de um plástico forte que denominam blackout.
As pessoas ligam e perguntam- Te acordei?
E respondo- Não apenas estou sem falar há algum tempo.A voz falha mesmo.
Aí me lembro da estória da menina que se apaixonou perdidamente pelo ventilador e vejo que isso é possível.
Será que o índice de suicídio na Barra é mais alto que nos outros lugares do Rio? Contando os dias para poder cancelar o meu por mais alguns meses!
E deixar os objetos me ouvirem mais!
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Grandes cílios gélidos
Não é o frio que passa para o corpo,
o corpo que detona o calor em corpos gélidos!
Fósforos usados,
o tempo não está mudando
a brisa terrestre é tão gelada quanto os beijos do Carnaval.
A areia ganha calor, veloz
e resfria antes mesmo dos seus cílios tocarem os meus grandes lábios
Amantes água cairam em desuso.
Amantes areia contam com álibis todos os dias.
Hipocrisia de poder esquentar e esfriar
e fugir da cena do crime molhada.
MK
o corpo que detona o calor em corpos gélidos!
Fósforos usados,
o tempo não está mudando
a brisa terrestre é tão gelada quanto os beijos do Carnaval.
A areia ganha calor, veloz
e resfria antes mesmo dos seus cílios tocarem os meus grandes lábios
Amantes água cairam em desuso.
Amantes areia contam com álibis todos os dias.
Hipocrisia de poder esquentar e esfriar
e fugir da cena do crime molhada.
MK
os caçadores de sonhos
Foi, será?
e ficou
O nada aconteceu como uma avalanche de nãos,
lágrimas sem mãos
e a dormência de não desejar mais o tudo.
Tv come gastrites
Carnaval dá saudade de imaginar lança-perfume,
confete e serpentina,
falta apetite,
sobra ninguém que desatina
e tudo começa onde termina.
os caçadores de sonhos
continuam pairando as janelas trancadas
prendendo os pés em nuvens de algodão
todas sujas, inundadas de sangue
e o que está sendo?
o nada que se instala nas narinas
o amarelo dos dedos
desapego do botão
Nada de raro e tudo de novo
três pássaros
cada um em uma direção
presos nessas nuvens de algodão
sem os sonhos que eles roubaram
MK
e ficou
O nada aconteceu como uma avalanche de nãos,
lágrimas sem mãos
e a dormência de não desejar mais o tudo.
Tv come gastrites
Carnaval dá saudade de imaginar lança-perfume,
confete e serpentina,
falta apetite,
sobra ninguém que desatina
e tudo começa onde termina.
os caçadores de sonhos
continuam pairando as janelas trancadas
prendendo os pés em nuvens de algodão
todas sujas, inundadas de sangue
e o que está sendo?
o nada que se instala nas narinas
o amarelo dos dedos
desapego do botão
Nada de raro e tudo de novo
três pássaros
cada um em uma direção
presos nessas nuvens de algodão
sem os sonhos que eles roubaram
MK
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